Com mais de 4 mil agentes atuando, a Operação “Enem 2023”, coordenada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), encerrou neste domingo (12) o esquema de segurança para a segunda fase do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Iniciando com a escolta das provas, a ação integrada não registrou ocorrências relevantes em todo o Estado.
O esquema de segurança para o Enem 2023 foi um dos maiores do Sistema de Segurança, ressalta o titular da Segup, Ualame Machado. “Nós estamos trabalhando semelhante ao planejamento feito no primeiro dia de prova. São 4.600 pessoas envolvidas nesse processo, 13 centros integrados de comando regionais, que nos passam informação para este centro em Belém, que alimenta tudo de forma integrada. Os órgãos que participam de alguma forma desse processo estão aqui conosco. Não só a segurança pública, mas também a mobilidade urbana, a concessionária de energia elétrica, a organizadora do certame, todo mundo aqui com o poder de decisão, para que a gente possa, em qualquer dúvida, qualquer problema que surja, ser dirimido e solucionado de forma imediata”, informa o secretário.
ParáCom 614 locais de prova no Estado, a entrega dos malotes foi encerrada exatamente as 9h40, realizada pelos Correios com escolta da Polícia Militar. “Nosso Estado é gigantesco, mas foi o quinto da Federação a concluir essa distribuição de malotes. Para nós, a operação só termina com a escolta reversa, que nós chamamos, que é quando a prova encerra e os malotes são novamente trazidos para o local de guarda, onde serão guarnecidos até que sejam colocados em correção”, informa Ualame Machado. A previsão é que as 22 h, horário de Brasília, a escolta reversa seja encerrada no Pará.
Ocorrências – Até as 18h30 deste domingo, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) não havia registrado nenhuma ocorrência grave com candidatos monitorados.
A Equatorial Energia, concessionária de energia elétrica, atuou em 12 quedas de energia, normalizando o serviço em cinco municípios – Ponta de Pedras (Marajó), Ananindeua e Benevides (Região Metropolitana de Belém), Paragominas (Sudeste) e Vigia de Nazaré (Nordeste). As equipes fizeram o atendimento, e até as 14h30 todos os pontos foram solucionados, sem causar nenhum atraso na execução das provas.
A realizadora do certame informou que houve três eliminações no Estado, além de uma candidata que entrou em trabalho de parto na cidade de Oriximiná, no Baixo Amazonas (oeste paraense). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e levou a candidata
“Nós não tivemos qualquer caso relevante em termos de criminalidade, que afetasse a segurança pública. Tudo dentro da normalidade. Tivemos apenas alguns casos de eliminação de aluno por questão administrativa, em especial por toque do celular durante a aplicação. E daí a importância também do sistema de monitoramento, que vemos que são pontos estratégicos, baseado em todo o planejamento. É a tecnologia em favor da segurança”, informa o titular da Segup.
Integração regional – Foram ativados 14 Centros Integrados de Comando e Controle, estadual e regionais, para monitorar as ações e acompanhar todo o andamento das provas. Na Região Metropolitana de Belém, mais de 350 câmeras monitoraram a saída dos estudantes e a escolta reversa dos malotes com as provas, que serão corrigidas em São Paulo (SP).
A Operação Enem 2023 envolveu, de forma integrada, representantes de diversas instituições – Correios, Exército, polícias Civil e Militar, Departamento de Trânsito do Estado (Detran), Grupamentos Aéreo (Graesp) e Fluvial (GFlu) da Segup, Guardas Municipais, órgãos de trânsito municipais, Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Equatorial Energia, Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e Promoção de Eventos (Cebraspe) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela realização do certame.