Doenças de pele crescem no verão
Saúde
Publicado em 04/07/2024

Com a chegada do verão, o sol e a umidade em excesso propiciam o surgimento de doenças de pele como micoses, bicho geográfico, brotoeja, impetigo e queimaduras na epiderme que, segundo a médica dermatologista Adriana Simões são as mais recorrentes durante este período.

Ainda de acordo com a dermatologista, dentre as doenças de pele citadas, a mais prevenível é a queimadura de pele. No entanto, nos consultórios é possível observar a recorrência de casos da lesão provocada por uma longa exposição ao sol sem a devida proteção. Adriana Simões frisa que o uso do protetor solar é inegociável, assim como o método de barreira, que é o uso de roupas, manga comprida, bonés, entre outros.

“A queimadura ainda é muito presente porque as pessoas acham que sol é uma coisa e claridade é outra, quando não. As pessoas ainda têm aquela ideia de que ao ficar debaixo de uma tenda, por exemplo, estão se protegendo, quando na verdade continuam recebendo calor e a radiação ultravioleta refletida na areia da praia”, explica.

Sobre as micoses, o surgimento está relacionado à umidade excessiva. A médica dermatologista lembra que a pele é permeável, portanto, sair da piscina e usar uma roupa molhada faz com que a pele continue recebendo certo grau de umidade. “Em homens e mulheres, as micoses costumam surgir principalmente na virilha. Já em alguns homens, entre os dedos. A melhor medida de prevenção é trocar a roupa ou o sapato molhado”, ressalta.

Já a brotoeja – uma dermatite inflamatória causada pelo excesso de calor e suor que leva ao aparecimento de bolinhas na pele que podem coçar – podem acometer principalmente trabalhadores ambulantes, motoristas de aplicativos e agentes de segurança pública expostos ao sol com roupas pesadas, alerta Simões. “Para amenizar, um banho gelado melhora consideravelmente a brotoeja. O tratamento deve considerar característica das lesões e local, portanto, é necessário procurar atendimento médico especializado”, pontua.

Em relação ao bicho geográfico, uma inflamação cutânea em resposta a penetração de vermes na pele, a dermatologista ressalta que é impossível realizar a prevenção. Nas praias, por exemplo, onde circulam animais domésticos como gatos e cachorros, ela reforça que de nada adianta colocar a toalha de banho na areia e deitar por cima. “Uma vez reconhecido o quadro, o tratamento é feito com drogas antiparasitárias, é preciso buscar orientação médica especializada também”.

Por último, Adriana Simões ressalta que o impetigo é mais difícil de tratar, sendo necessário buscar atendimento médico especializado assim que diagnosticado. “É uma contaminação bacteriana que acomete principalmente crianças e idosos e está mais suscetível à condição climática”, disse.

Problemas de pele

Verão

– Micoses: infecções causadas por fungos que podem ocorrer na pele, unhas e cabelos. O calor, a umidade e baixa imunidade, fazem com que esses fungos se reproduzam e causem a doença.

– Brotoejas: pequenas bolinhas que surgem, especialmente em bebês, devido ao contato da pele com o suor, principalmente nas “dobrinhas” da própria pele ou das roupas. Podem ser bolhas transparentes com pouca coceira ou “bolinhas” avermelhadas que coçam bastante.

– Manchas e sardas brancas: as manchas e as sardas brancas surgem devagar e representam danos que os raios solares causaram na pele e aparecem gradativamente com o tempo, principalmente nas áreas expostas da pele.

As manchas senis ou melanoses solares, em geral, são escuras, de coloração entre castanho e marrom. Surgem em áreas que ficam muito expostas ao sol, como a face, o dorso das mãos e dos braços, o colo e os ombros.

– Acne solar: provocada pela mistura da oleosidade aumentada da pele, suor, uso do filtro solar e da própria radiação solar.

Fonte: Saude.gov.br

 
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