Golpistas fazem empréstimo de R$ 100 mil no nome de vítima de golpe virtual no Pará
Policia
Publicado em 05/07/2024

Criminosos são responsáveis pelo aumento de 30% nos registros de estelionato virtual no Pará nos últimos dois anos.

 

Só em 2024, já são mais de 6.694 mil ocorrências de janeiro a maio. Em muitos casos, é preciso entrar na Justiça para tentar recuperar o dinheiro roubado.

 

Em 2022 foram 12.988 caso.Como funciona o golpe

O problema de uma vítima começou na hora de fazer uma transferência via PIX. A vítima decidiu procurar ajuda na agência bancária dela, em Belém. "O gerente me indiciou uma atendente, ela foi comigo até o caixa e tentou, mas não conseguiu. Ela tinha que desinstalar o meu aplicativo do Banpará e reinstalar, então ela desinstalou, reinstalou e eu saí de lá funcionando".

Depois do atendimento, começaram a chegar mensagens no celular da vítima. Utilizando logomarca do Banco do Pará (Banpará), os criminosos se faziam passar por funcionários da instituição financeira.

 

"Inicialmente na mensagem diziam que ia entrar em contato comigo para atualizar o meu BP token, depois ligaram para mim para fazer atualização e pediram o número, um código; eu informei e depois disso, aí pronto, encerrou".

 

No dia seguinte às mensagens, uma gerente do banco em Curionópolis, no sudeste do Pará, entrou em contato com a vítima para informar que identificou movimentações suspeitas na conta.

 

Era naquele município, distante 686,1 km da capital, que um dos envolvidos no golpe estava agindo. Quando a vítima voltou até a agência em Belém descobriu que, em dois dias, os criminosos haviam feito empréstimos que somavam quase R$ 100 mil.

 

Os extratos bancários mostram que, assim que o dinheiro do empréstimo caiu na conta da vítima, ele foi transferido para várias pessoas. Algumas movimentações foram feitas para contas do mesmo banco.

Este tipo de golpe é considerado estelionato virtual. Um crime previsto no Código Penal Brasileiro, com pena de 4 a 8 anos de prisão. É quando o criminoso induz a vítima ao erro para obter vantagem econômica ilícita, utilizando meios eletrônicos, como e-mail, mensagens e ligação.

Sobre o caso, o Banpará disse que "apura o caso" e que "não entra em contato com clientes por meio do Whatsapp ou solicita códigos de segurança ou senhas".

POR G1 PARÁ.

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