Silvany Pereira dos Santos foi morto com um tiro na cabeça, enquanto pescava, na quinta-feira (4), na vila Cedere, em Parauapebas. O suspeito é José Monteiro Barbosa, que atirou com uma espingarda calibre 20, mas alega que o disparo foi acidental e que achava estar atingindo uma capivara.
O irmão da vítima, Juvenal Pereira dos Santos, contou ao Correio de Carajás que estava na companhia da vítima, em um pesqueiro, às margens do Rio Parauapebas, quando tudo ocorreu. Os dois estavam posicionados a uma distância de 20 metros um do outro quando Juvenal escutou um grito e um tiro. “Meu irmão estava sozinho, não tinha ninguém lá e eu me preocupei. Quando cheguei, ele já estava morto com um tiro na cabeça. Eu me apavorei e saí correndo”, diz.
Juvenal diz ter percebido a presença de alguém escondido, mas não chegou a ver quem era. Após correr por aproximadamente cinquenta metros, ele ouviu alguém correndo atrás dele. Durante a fuga, ainda caiu e se machucou, mas conseguiu chegar até onde estava estacionada a moto dele para buscar socorro.
O genro de Juvenal foi o responsável por acionar a Polícia Militar, às 11 horas. Os militares encontraram o autor do disparo, José Monteiro, pronunciando ”falas desencontradas”, de acordo com relatório policial.
Em defesa, ele justificou que tinha avistado uma capivara e decidiu pegar a espingarda para caçar, efetuando o disparo que vitimou Silvany. O homem foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil e autuado em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Ele recolheu fiança e foi colocado em liberdade no mesmo dia, conforme informou o delegado Nelson Alves Júnior, responsável pelo inquérito que investiga o caso.
Juvenal também compareceu perante a autoridade policial, acompanhado do advogado Claudion Morais. Os dois afirmam que irão cobrar justiça pela morte da vítima.