Segundo informaram os denunciantes, a vítima era submetida a diversos episódios de violência, incluindo golpes com vergalhão no rosto, na cabeça, no tórax e extração de dentes da vítima
A equipe da Delegacia de Proteção à Pessoa com Deficiência (DPPD), da Polícia Civil do Pará, prendeu, de maneira preventiva, um homem que torturava um jovem, de 39 anos, portador de síndrome de down. A prisão ocorreu na quinta-feira, 22. O preso é pai adotivo da vítima, que morreu no dia 1º de agosto devido às lesões sofridas.
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Conforme as investigações, a vítima deu entrada no Pronto-Socorro do Guamá, no dia 28 de julho, após ter sido agredida pelo investigado. Familiares do jovem denunciaram o caso à polícia, afirmando que as sessões de tortura eram constantes e que foram agravadas após a morte da mãe da vítima, que era esposa do agressor.
Conforme os denunciantes informaram, diversos episódios de violência, incluindo golpes com vergalhão no rosto, na cabeça, no tórax e extração de dentes da vítima. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende, o resultado da autópsia do jovem confirmou que ele veio à falecer em decorrência das graves lesões cometidas pelo pai.
“As evidências apresentadas nos exames médicos e nos relatos colhidos demonstraram que as lesões sofridas pelo jovem eram compatíveis com tortura e maus-tratos contínuos, que resultaram em sua morte. A gravidade das lesões descritas, incluindo a hemorragia cerebral volumosa e o hematoma subdural, confirmaram os relatos de violência física perpetrada pelo pai adotivo”, informou Walter Resende, delegado-geral da Polícia Civil do Pará.
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Após a reunião de provas, e devido um pedido de medida cautelar, um mandado de prisão foi expedido contra o agressor e foi devidamente cumprido pelos agentes da DPPD. O homem foi capturado nesta tarde, na residência onde ocorria as agressões, localizada no bairro do Telégrafo, em Belém.
“Na maioria das vezes, as vítimas são agredidas dentro da própria casa por pessoas que deveriam prestar apoio e atenção a elas, especialmente se são vulneráveis, como era o caso de hoje. Nessas situações, para que possamos investigar e resgatar essas pessoas, a sociedade precisa intervir e buscar meios de denunciar. Assim, nós iremos averiguar a situação e nos colocar à disposição para solucionar os casos de maneira rápida e eficaz. A população pode acessar o canal 181 ou, se preferir, nos procurar presencialmente através da delegacia, na Rua Domingos Marreiros, no bairro de Fátima”, concluiu o titular da delegacia especializada, Guilherme Gonçalves.