Um assassinato e uma intervenção policial com resultado morte aconteceram na madrugada desta quinta-feira (5), na Velha Marabá. O adolescente Christopher Lorran da Silva Barros foi morto por uma guarnição da Polícia Militar, ao apontar uma espingarda na direção dos PMs. Antes disso, ele teria usado a mesma arma para matar seu desafeto Gabriel Lopes de Souza.
De acordo com o relato da PM, tudo começou quando a guarnição que estava de serviço nessa região da cidade ouviu um estampido de tiro na direção da Vila Canaã (também chamada de Vila do Rato). Os policiais foram até o local e se depararam com dois homens correndo, um deles armado de espingarda. Os PMs mandaram a dupla parar, mas o que estava com a arma apontou na direção da guarnição, que revidou, acertando dois tiros nas pernas do suspeito, o adolescente Christopher Lorran.
Ele foi levado pelo SAMU ao Hospital Municipal de Marabá (HMM), mas morreu ao dar entrada na casa de saúde. O outro adolescente que estava com Christopher confessou que os dois haviam acabado de matar uma pessoa na Vila Canaã.
A polícia, então, foi até o local indicado e encontrou o corpo de Gabriel, já sem vida. Na casa em questão, os militares também acharam 31 pedras de crack, 31 invólucros de maconha e outros materiais comumente utilizados para o tráfico de drogas.
A arma utilizada no crime foi apreendida, assim como o armamento da Polícia Militar envolvido na ação. A Polícia Civil segue investigando o caso, e perícias foram solicitadas para apurar os detalhes da ocorrência. Já o outro adolescente que estava com Christoher foi apreendido e também ficou de prestar depoimento sobre o caso.
NAMORADA DA VÍTIMA CONFIRMA TRÁFICO NA CASA
Após a ocorrência, a Polícia Civil tomou depoimento de Egarys Del Valle Rondon, namorada de Gabriel Lopes de Souza, que estava com ele no momento do assassinato. Segundo a mulher, que trabalha como diarista, o casal estava morando junto havia cerca de dois meses. Ela afirmou que acordou por volta das 2h da madrugada para ir ao banheiro e chamou Gabriel para acompanhá-la até os fundos da residência. Enquanto estava no banheiro, ouviu alguém bater na porta. A vítima foi atender e, momentos depois, ela escutou o disparo de uma arma de fogo.
A mulher relatou que, ao sair do banheiro, viu Gabriel voltando para dentro da casa, segurando o peito e perguntando se havia sido atingido. Ele caiu no chão e morreu em seguida. Assustada, ela diz que não saiu para verificar quem havia atirado.
No depoimento, Egarys menciona que, há aproximadamente um mês, Gabriel começou a vender drogas na residência, apesar de seus pedidos para que ele parasse devido à presença do filho de seis anos. Gabriel, segundo ela, vendia maconha e faturava cerca de R$ 80 por dia. Ele não teria mencionado qualquer ameaça antes do incidente.