Mais de 4 mil postos de trabalho formais foram gerados de janeiro a maio de 2023 no setor da indústria no estado do Pará, quantitativo que representa o maior resultado de toda a Região Norte, com destaque para as movimentações registradas nos subsetores econômicos da indústria de Transformação e Extração. O estudo, produzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados Ministério do Trabalho/CAGED, foi divulgado na última sexta-feira (14).
O aumento do emprego formal nas indústrias paraenses é resultado, de acordo com o titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Paulo Bengtson, das ações assertivas das Políticas Públicas de Incentivos fiscais do Governo, que são voltadas para o fortalecimento do desenvolvimento econômico sustentável em território paraense.
“A política de incentivos fiscais tem como finalidade beneficiar investimentos produtivos que atendam aos objetivos estratégicos, que se alinhem às diretrizes de governo e que estejam voltados para o desenvolvimento das cadeias produtivas prioritárias, o que cria um ambiente favorável aos negócios, resultando no aumento do emprego formal e renda para a população. As empresas apoiadas recebem incentivos fiscais que reduzem em até 90% os impostos que elas precisam operar”, reforça o secretário. Atualmente, 170 empresas recebem incentivos do Estado.
Sobre o comparativo entre admitidos e desligados nos cinco primeiros meses deste ano, o técnico de pesquisa do Dieese, Everson Costa, ressalta que o resultado positivo de 2023, em relação aos novos postos de trabalhos formais no setor da indústria, é o dobro do saldo de postos de trabalho obtidos pela mesma indústria, nesse período, em 2022.
“A indústria paraense vem apresentando bons resultados na geração de empregos formais. Só em maio gerou cerca de 1,4 mil postos. Puxada pela extração mineral, commodities, como soja, milho, cacau, gado, a indústria de transformação vem ganhando espaço. A expectativa é positiva para o restante do ano. Sabemos que a nossa estrutura portuária e logística avançou, isso dá condição do que é produzido aqui ser escoado com maior facilidade. As políticas de qualificação precisam ser permanentes, estratégicas e abrangentes para agregar valor nas produções”, pontua o técnico.
O supervisor comercial Paulo Herculano, empregado do setor da indústria, em Barcarena, assegura que começar a atuar na área representou para ele e sua família uma oportunidade única. “Quando uma indústria dessa chega, ela muda a realidade do local e das famílias. Saí de uma faixa salarial mínima para ter uma qualidade de vida mais elevada. Agora posso proporcionar para a minha família melhores condições de moradia, saímos do aluguel para a casa própria, de saúde, além da indústria representar um incremento na economia, aquecendo o mercado do Estado”, diz.
TRANSFORMAÇÃO
Entre os principais subsetores econômicos do segmento da Indústria no Pará, de janeiro a maio deste ano, que ganharam destaque, estão: o subsetor de Transformação da Indústria, o qual obteve o maior resultado positivo com a geração de 3.186 postos de trabalhos, em seguida veio o subsetor de Indústria Extrativas, que apresentou saldo positivo de 1.005 postos de trabalhos.
BALANÇO NORTE
No setor da Indústria em toda a Região Norte, nos cinco primeiros meses deste ano, foram feitas um total de 60.065 admissões, contra 53.060 desligamentos, gerando um saldo positivo de 7.005 postos de trabalhos. O Pará teve destaque com saldo positivo de 4.098 postos de trabalhos, seguido do Estado de Rondônia, que gerou 1.174 postos de trabalhos e do Estado do Tocantins com saldo positivo de 616 postos de trabalhos.
FONTE: DOL.