O exótico tacacá, prato de origem indígena, característico da região amazônica, especialmente do Pará, embora seja também muito apreciado nos Estados vizinhos, como Amazonas (AM), Acre (AC), Roraima (RR), Rondônia (RO), Amapá́ (AP), pode ser incluído no rol do Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. É o que propõe o deputado federal José Priante (MDB-PA), autor do projeto de lei (PL nº 1.948/2024).
A iguaria gastronômica, é apresentada fumegante numa cuia, semelhante a uma sopa. A primeira menção documentada ao tacacá remonta ao Século XVI, feita pelo padre capuchinho Abbeville em sua descrição das práticas alimentares indígenas (Câmara Cascudo, 2004:135). A palavra tacacá” provavelmente tem origem no nheengatu ou língua geral, o tupi veicular da Amazônia.
Priante explica: “Essa iguaria consiste em uma espécie de sopa preparada com tucupi, um líquido extraído da mandioca, goma de tapioca, camarão seco e jambu, uma planta que proporciona uma sensação de dormência na boca.”
De acordo com o deputado, “o reconhecimento do tacacá como patrimônio imaterial do Brasil seria uma forma de valorizar e preservar uma tradição culinária profundamente enraizada na cultura e história da região amazônica”.
Patrimônio imaterial
O patrimônio imaterial é transmitido de geração em geração, sendo constantemente recriado pelas comunidades e grupos, em função de seu ambiente, interação com a natureza e história. Isso gera um sentimento de identidade e continuidade, promovendo o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.
“Além de homenagear uma tradição culinária valiosa, o reconhecimento do tacacá como patrimônio imaterial teria o potencial de promover o desenvolvimento cultural, econômico e sustentável da região amazônica e do país como um todo”, salienta o autor do projeto.
Diante dos argumentos, Priante pede “aos nobres pares, por meio do apoio a este projeto, que oficializemos o Tacacá prato de origem indígena típico da Região Amazônica como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.”
POR ZÉ DUDU.