“Servidor na rua, Aurélio a culpa é sua!” — foi com esse grito de protesto que servidores públicos municipais de Parauapebas tomaram as ruas na manhã desta quarta-feira (10). A mobilização, organizada pelos sindicatos SINDSAÚDE e SINSEPPAR, marcou o início de uma paralisação geral em resposta às recentes decisões do governo municipal, que segundo os trabalhadores, desrespeitam e desvalorizam o funcionalismo público.
O principal ponto de insatisfação é a proposta de reajuste salarial apresentada pela Prefeitura: 5% no salário-base e 15,38% no vale-alimentação. A categoria rejeitou a oferta, alegando que os índices estão abaixo da inflação e não condizem com as necessidades reais dos servidores.
Durante o protesto, o prefeito Aurélio Goiano tentou dialogar com os manifestantes, mas foi recebido com vaias e gritos de ordem, sendo hostilizado por diversos grupos presentes. A insatisfação é fruto de uma série de fatores, incluindo promessas de campanha não cumpridas, falta de diálogo efetivo e condições de trabalho consideradas precárias.
Em nota oficial, a gestão municipal argumentou que a queda de arrecadação tem limitado a capacidade financeira da Prefeitura e acusou os sindicatos de distorcerem os fatos. As lideranças sindicais, por sua vez, rebateram afirmando que o governo tenta deslegitimar o movimento, ignorando a pauta da categoria e se esquivando de compromissos anteriormente assumidos.
Para os servidores, a greve é um recurso extremo, mas necessário diante do impasse nas negociações. Eles exigem respeito, valorização profissional e um compromisso concreto com a melhoria das condições de trabalho e remuneração.
A paralisação segue por tempo indeterminado, e os sindicatos prometem intensificar o movimento caso a administração municipal não apresente uma proposta mais justa e compatível com a realidade dos trabalhadores.